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Em dois anos, Brasil terá quase 1 milhão de novos casos de câncer

24/11 - 14:03 - Anderson Dezan e Leoleli Camargo
O número de novos casos de câncer no país chegará próximo a 1 milhão até 2011. O número exato, 489.270 novos casos por ano, faz parte da estimativa Incidência de Câncer no Brasil, calculada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) a cada dois anos.

 
O levantamento foi divulgado terça-feira no Rio de Janeiro e revelou a incidência (casos novos) dos cânceres mais frequentes na população do país. No total geral, os números são ligeiramente maiores entre as mulheres é 253.030 (52%) contra 236.240 (48%) entre os homens. Isso se deve ao fato da população feminina ser mais numerosa do que a masculina, especialmente nas faixas etárias mais avançadas.
Os cânceres mais comuns em todas as regiões do Brasil nos próximos dois anos serão o de pele não melanoma (homens e mulheres), próstata e mama feminina. Os casos de câncer de pele não melanoma serão os mais incidentes e devem somar cerca de 114 mil novos casos, o que corresponde a 23% do total estimado para 2010. Apesar de ter uma incidência alta, o câncer de pele não melanoma é um tipo de câncer de pele com baixíssimo risco de morte.

Entre os cânceres considerados mais graves, o de próstata será o mais comum entre os homens de todas as regiões do pa�ís. Já na segunda posição, o perfil apresenta diferenças regionais. Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul o câncer de pulmão será o segundo mais frequente nos homens. Nas regimes Norte e Nordeste, o de estomago está em segundo lugar. Entre as mulheres o câncer de mama será o campeão de incidência em todas as regiões do Brasil, com exceçãoo da Norte, onde colo do útero ocupará a primeira posição. Nas regiões Sul e Sudeste o câncer de colon e reto será o segundo mais frequente.

 
Os números refletem uma realidade complexa, com amplas diferenças regionais. O crescimento da expectativa de vida é a expectativa de vida da população brasileira, que era de 62 anos em 1980, chegará a 76 anos em 2020 é uma das razões que explicam o aumento gradual dos casos. Além do envelhecimento, hábitos de vida como o tabagismo, consumo elevado de álcool, sedentarismo, alimentação rica em gorduras e exposição ao sol sem proteção, são importantes fatores de risco para o desenvolvimento da doença. As estimativas para as regiões Sul e Sudeste, segundo Luiz Antonio Santini, diretor do instituto, se aproximam cada vez mais das de países desenvolvidos.

O relatório salientou ainda que uma alimentação rica em fibras e pobre em gorduras, poderia evitar 35% dos casos da doença. Com a adoção de medidas de proteção contra os efeitos nocivos da radiação solar, 10% dos casos de câncer de pele não melanoma (49 mil) também poderiam ser evitados. Já o controle do tabagismo poderia evitar cerca de 30% dos novos casos de câncer previstos para o país. Já obtivemos sucesso na redução da incidência do tabagismo entre a população brasileira. Certamente em alguns anos vamos reduzir parte desses tumores afirmou Santini.



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